Impacto Farmacoeconômico na dispensação racional de Morfina 10mg para pacientes oncológicos em uma Farmácia Ambulatorial do SUS

Resumo

De acordo com a OMS, uso racional de medicamento ocorre quando os pacientes recebem medicamentos em doses adequadas às suas necessidades, por um período adequado e ao menor custo. O mercado apresenta carências nas variações de apresentações, abrindo um amplo campo para atuação do Farmacêutico.

Objetivo

Racionalizar a dispensação de Morfina 10mg caixa com 50 comprimidos com o objetivo de aumentar a segurança do paciente, evitando o consumo indevido e diminuir custo na dispensação.

Método

Padronização de embalagem de 12x15cm. Avaliação das posologias prescritas, chegando ao quantitativo de 20cp para atender a maioria das receitas. Levantamento do consumo mensal da Farmácia Ambulatorial pela Farmacotécnica para mensurar a capacidade de produção do processo de reembalar dois blisters com 10cp, formando kit para dispensação. Dados analisados foram no período pré-implantação de Novembro/2018 à Abril/2019, e pós-implantação de Maio/2019 à Outubro/2019. Para corroborar os resultados, utilizamos a ferramenta estatística Teste de Hipótese, do Software Minitab®.  A Farmacoeconomia foi embasada pela diminuição de comprimidos dispensados, juntamente com custo da embalagem padronizada.

Resultados

Foram analisados 115 dias de atendimentos pré-implantação e 126 dias pós- implantação. Primeira variável foi a média diária de atendimentos. No período pré-implantação a média foi de 39 atendimentos, contra 38 pós-implantação. O resultado do Teste de Hipótese foi valor-p: 0,449 confirmando que a redução de atendimentos diários não foi significativa. Portanto a média de atendimentos não tem influência sobre o quantitativo dispensado pós-implantação. Segunda variável foi a média diária de comprimidos dispensados. No período pré-implantação a média foi de 3.835 comprimidos, contra 3.135 pós-implantação. O resultado do Teste de Hipótese foi valor- p: 0,000 confirmando que a diminuição de comprimidos dispensados diariamente foi significativa. Farmacoeconomia obtida foi de R$ 27.286,16.

Conclusão

O resultado obtido demonstra a importância da Gestão Farmacêutica buscar estratégias capazes de gerar melhorias no processo de forma simples e rápida. Gerando ganho financeiro e impacto positivo na segurança do paciente. Demonstrando que é viável aplicar a melhoria em diversos medicamentos.

Palavras-chave

Oncologia, Gestão Hospitalar, Uso racional de medicamento, Farmacoeconomia, Segurança do Paciente.

Brasil. Ministério da Saúde. Política Nacional de Medicamentos. Brasília: Ministério da Saúde; 2001.

Autores:

HISSATOMI, Thomaz Massao – thomaz.hissatomi@hc.fm.usp.br – São Paulo/SP – Instituto do Câncer do Estado de São Paulo.

SILVA, Luiz Ivan Henrique da – luiz.ivan@hc.fm.usp.br – São Paulo/SP – Instituto do Câncer do Estado de São Paulo.

SOUSA, Cintia de Oliveira – cintia.sousa@hc.fm.usp.br –  São Paulo/SP – Instituto do Câncer do Estado de São Paulo.

PEREIRA, Maira Takahashi Frantzen – maira.frantzen@hc.fm.usp.br – São Paulo/SP – Instituto do Câncer do Estado de São Paulo.

Impacto Farmacoeconômico na dispensação racional de Morfina 10mg para pacientes oncológicos em uma Farmácia Ambulatorial do SUS
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